Desvendando as Síndromes Hereditárias de Câncer

Síndrome de Lynch

A síndrome de Lynch é uma doença autossômica dominante causada por uma mutação genética em algum dos genes responsáveis pelo reparo do nosso DNA (MLH1, MSH2, MSH6, PMS2, EPCAM), e que predispõe a diversos tipos diferentes de câncer, conforme National Comprehensive Cancer Network.

É uma doença geralmente silenciosa, que acomete 1 pessoa a cada 279 na população.

A síndrome de Lynch é a causa genética mais comum para câncer colorretal, sendo responsável por 8% dos casos em pessoas com diagnóstico abaixo de 50 anos.

Enquanto em uma pessoa normal um pólipo adenomatoso levaria de 10 a 15 anos para virar um câncer colorretal, na síndrome de Lynch bastam 35 meses.

Além do câncer colorretal, aumenta o risco de diversos outros tipos de câncer, incluindo útero, estômago, pâncreas, bexiga, cérebro, vesícula biliar, fígado, intestino delgado e pele.

Quando suspeitar da síndrome de Lynch?

Síndrome de Li-Fraumeni

A síndrome de Li-Fraumeni é uma síndrome de predisposição hereditária ao câncer causada por mutações (variantes patogênicas) no gene TP53.

É responsável por 1% dos casos de câncer de mama hereditários, estando presente em até 1 pessoa a cada 5000 pessoas da população.

O risco de desenvolver um câncer ao longo da vida é de quase 100% nas pessoas com mutações no TP53.

Síndrome de Li-Fraumeni aumenta risco de quais tipos de câncer?
80% dos casos de câncer surgem antes dos 45 anos de idade na síndrome de Li-Fraumeni

Conhecer um risco hereditário aumentado para câncer permite adotar estratégias personalizadas de prevenção de câncer e de redução de risco para quem é avaliado, com possibilidade de beneficiar familiares.

Todo câncer surge de uma alteração genética que ocorre durante a vida em alguma célula do nosso corpo, mas existem pessoas que já nascem com alterações genéticas que predispõem ao câncer. Estima-se que 10% dos casos de câncer sejam hereditários, conforme a sociedade brasileira de oncologia

O câncer é a segunda causa de morte no mundo, e o número de casos quase dobrou nas últimas duas décadas. Hoje, uma em cada cinco pessoas desenvolverá câncer durante a vida, segundo a organização mundial da saúde